terça-feira, 26 de outubro de 2010

Last Kiss


Onde, onde meu amor pode estar?
O Senhor levou-a de mim.
Ela se foi para o paraíso, então eu tenho de ser bom
Assim eu posso ver meu amor quando abandonar este mundo

Nós saímos para um encontro no carro do meu pai,
Nós não tínhamos ido muito longe
Lá na estrada, direto em frente,
Um carro estava enguiçado, o motor estava morto
Eu não conseguiria parar, então eu desviei para a direita...
Eu nunca esquecerei o barulho daquela noite:
Os pneus "cantando", o vidro quebrado,
O grito doloroso que eu ouvi no final

Onde, onde meu amor pode estar?
O Senhor levou-a de mim.
Ela se foi para o paraíso, então eu tenho de ser bom
Assim eu posso ver meu amor quando abandonar este mundo

Quando eu acordei, a chuva estava caindo forte,
Havia pessoas paradas por todo lado
Alguma coisa quente escorrendo entre meus olhos,
Mas de algum modo eu encontrei meu amor aquela noite...
Eu ergui sua cabeça, ela olhou para mim e disse:
"Abrace-me, querido, apenas um instante",
Eu segurei-a apertado, beijei-a, nosso último beijo.
Eu encontrei o amor que sabia que tinha perdido...
Bem, agora ela se foi, ainda que eu a abraçasse forte.
Eu perdi meu amor, minha vida, naquela noite...

Onde, onde meu amor pode estar?
O Senhor levou-a de mim
Ela se foi para o paraíso, então eu tenho de ser bom
Assim eu posso ver meu amor quando abandonar este mundo.

Pearl Jam

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Eu não sou o mudo
Balbuciando querendo falar
Eu sou a voz da voz do outro
Que há dentro de mim

Guardada falante querendo arrasar
O teu castelo de areia
Que é só soprar, soprar
Soprar, soprar e ver tudo voar

Eu não sou a porca que não quer atarraxar
E nem a luva que não quis
na sua mão entrar
Eu sou a voz que quer apertar o cerco e explodir
Toda essa espécie de veneno
Chamado caretice

E expulsar do ar
Do ar, do ar a nuvem negra
Que só quer perturbar
Soprar e ver tudo voar
Soprar e não ficar nada pra contar

Eu não sou o mudo balbuciando
querendo falar
Eu sou a voz da voz do outro
Que há dentro de mim

Guardada falante querendo arrasar
Com teu castelo de areia
Que é só soprar, soprar
E expulsar do ar, do ar, do ar
A nuvem negra que só quer perturbar
Soprar, e ver tudo voar
Política Voz - Barão Vermelho

quinta-feira, 14 de outubro de 2010


O MARTÍRIO DO ARTISTA

Arte ingrata! E conquanto, em desalento,
A órbita elipsoidal dos olhos lhe arda,
Busca exteriorizar o pensamento
Que em suas fronetais células guarda!

Tarda-lhe a Idéia! A Inspiração lhe tarda!
E ei-lo a tremer, rasga o papel, violento,
Como o soldado que rasgou a farda
No desespero do último momento!

Tenta chorar e os olhos sente enxutos!...
É como o paralítico que, à míngua
Da própria voz e na que ardente o lavra

Febre de em vão falar, com os dedos brutos
Para falar, puxa e repuxa a língua,
E não lhe vem à boca uma palavra!

                                                              Augusto dos Anjos 

Um tempo sem postar, com idéias que vem quanto não devem, e que faltam quando necessárias, rs

domingo, 3 de outubro de 2010

Pinta os lábios para escrever....



"...a tua boca é minha!"

Simplesmente te amo... te quero... cada dia mais e mais...


Bjus meu amor

Sou água de rio que vai para o mar...

Como é por dentro outra pessoa
Quem é que o saberá sonhar?
A alma de outrem é outro universo
Como que não há comunicação possível,
Com que não há verdadeiro entendimento.
Nada sabemos da alma
Senão da nossa;
As dos outros são olhares,
São gestos, são palavras,
Com a suposição de qualquer semelhança
No fundo.

Fernando Pessoa


Nada como começar com Fernando Pessoa... há tempos que não tinha blog ou similares, hora de mudanças... falando nisso, está na hora de ir votar!!!